BAIXA INCIDÊNCIA DA MULHER NO MERCADO DE TI
mulher mercado de ti
Essa é a introdução de um artigo acadêmico.
A ciência reflete a sociedade onde ela está inserida. A mudança de pensamento é necessário para tornar a ciência mais abrangente. Existe uma segregação visível na Tecnologia da Informação (TI) onde podem ser analisados vários pontos, como: classe social, cor, orientação sexual. Em grande parte das empresas de TI do sul do Brasil vê-se uma maioria da população branca, hétero, masculina. Este trabalho foca a questão de gênero, onde se vê uma baixa incidência da mulher nesse mercado. Apesar das mulheres terem grande participação na área de ciência e tecnologia, elas são normalmente apresentadas como ajudantes e não como autoras (BERMAN, 1995).
Para Beauvoir (1967) as mulheres que conquistam sua independência financeira ainda não alcançam situação moral e social igual à dos homens. De acordo com a autora, a sociedade não foi modificada profundamente pela condição da evolução feminina, sendo o mundo que vivemos moldado para as necessidades masculinas. Mesmo havendo um crescimento da mulher no mercado de trabalho, ainda existe uma diferença muito grande entre os gêneros se tratando de notoriedade, respeito, acesso ao mercado de trabalho, posição social.
De acordo com Ramos (2012), o perfil da mulher hoje em dia é bem especial no mercado de trabalho, além de ocupar cargos e ter responsabilidade como os homens ela acumula um conjunto de tarefas tradicionais como ser mãe, esposa e dona de casa.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2012 as mulheres ocupavam cerca de 44,5% de carteira assinada no setor privado e no setor público é de 64,9%(IBGE, 2012). De acordo com dados do Pesquisa Nacional por Amostra a Domicílio (PNAD, 2012) no setor de TI a participação feminina é de menos de 20% dos aproximadamente 580 mil profissionais da área. Esses dados levaram ao problema de pesquisa: De que forma as mulheres da área de TI compreendem o número reduzido deste gênero no mercado?
Com intuito de responder a este problema, construiu-se o objetivo geral que se pauta em compreender a percepção feminina quanto ao número reduzido do seu gênero neste mercado. Como forma de alcançar o objetivo maior, traçou-se um percurso delimitado por seus objetivos específicos: estudar o papel e a história da mulher no mercado de TI; investigar os perfis de trabalhadores de informática e analisar o ambiente de trabalho deste mercado. Para guiar o trabalho serão usadas duas questões norteadoras: qual a influência da mulher na área de informática? Qual é o perfil do profissional e o ambiente de trabalho na área de ciências da computação?
A falta de modelos femininos é uma das prováveis causas da baixa procura da mulher por áreas da ciência exata, de acordo com Schiebinger (2001). Sendo a informática uma ciência exata é importante mostrar a importante participação da mulher nessa área (GÜRER, 2002). Por isso, a primeira seção do artigo tratará deste tema.
NOÇÃO ACERCA DA HISTÓRIA DA MULHER NA TIIntrodução do artigo desenvolvido como Trabalho de Conclusão de Curso, requisito para obtenção de título de Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Faculdade Monteiro Lobato (FATO).
BEAUVOIR, S. O segundo sexo: a experiência vivida. 2. ed. São Paulo: Difusão europeia do livro, 1967.
BERMAN, R. Do dualismo de Aristóteles à dialética materialista: a transformação feminista da ciência e da sociedade. Rio de Janeiro: Rosa dos Ventos, 1997.
GÜRER, D. Women in computing history. ACM SIGCSE Bulletin, New York, v. 34, n. 2, p. 116-120, June, 2002.
IBGE Mulher no mercado de trabalho: Perguntas e respostas 2012. Disponível em:<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/Mulher_Mercado_Trabalho_Perg_Resp_2012.pdf>Acesso em: 28 setembro 2015.
RAMOS, M. D. O. Mulheres no mercado de trabalho. São Paulo: [s.n.], 2012.
SCHIEBINGER, L. O feminismo mudou a ciência? Bauru: EDUSC, 2001.
Leia mais em: ww.thinkwithgoogle.com/intl/p...
